Theotokos – “Mãe de Deus”
Cristo é pessoa divina e Maria é a Sua mãe.
Nesta época a Igreja vivia uma profunda polêmica interna causada pelos nestorianos (corrente muito popular entre as comunidades cristãs do Oriente), para eles Jesus tinha duas naturezas: uma humana e outra divina, as quais pouco se ligavam. Partindo deste pensamento, Maria seria mãe apenas de Cristo como homem, e não como Ser Divino.
Para combater esse pensamento, a Igreja declarou no Concílio de Éfeso, em 431, o título de Theotokos (Teótokos), expressão grega que significa “Mãe de Deus”.
Hoje, proclamamos na oração da “Ave-Maria”: “Santa Maria, Mãe de Deus…”.
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Jesus foi concebido pela ação do Espírito Santo (Lc 1, 34)
Como virgindade perpétua, entendemos que Maria foi virgem antes do parto e permaneceu virgem após o parto.
Essa verdade gerou bastante polêmica ao longo da história da Igreja: Foi questionada pelos pagãos, que não compreendiam como uma virgem poderia dar à luz. Já os gnósticos dentro do cristianismo achavam que Jesus era filho de José.
No Concílio de Latrão, em 649, foi definido o dogma mariano da virgindade perpetua de Maria, afirmando que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo, e que Maria manteve-se pura desde antes e depois do nascimento de seu único Filho.
O Evangelho indica que ‘Maria deu à luz o seu filho primogênito e o enfaixou e o reclinou em um presépio’ (Lc 2,7), ação incomum para quem acabou de ter um parto normal.
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“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”
Maria foi totalmente isenta de pecado, inclusive quando concebida por Sant’Ana e São Joaquim. A Mãe do Senhor foi preservada do pecado original porque é a origem humana do Corpo de Jesus e não seria razoável supor a possibilidade de Ela transmitir uma natureza decaída ao Senhor.
O arcanjo Gabriel a chama de ‘cheia de graça’ (Lc 1, 28) porque Maria é integralmente preenchida pela graça de Deus.
Este dogma foi outorgado em 1854 na Bula Ineffabilis Deus pelo Papa Pio IX, o qual definiu o dogma da Imaculada Conceição, segundo o qual a Bem-Aventurada Virgem Maria, ‘por singular graça e privilégio de Deus Todo-Poderoso e em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano’ foi preservada da mancha original que fez os primeiros pais perderem o estado de justiça original (Gn 3, 1-7) e transmitirem uma natureza decaída aos seus descendentes.
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Após a morte, Maria subiu ao Céu em corpo e alma. Depois de Cristo, ela foi a única que teve esta distinção.
O corpo virginal do qual o Senhor foi gerado não poderia ter sido corrompido pela natureza, portanto, em 1950, o Papa Pio XII declarou solenemente que a Virgem Santíssima ao terminar o curso desta vida foi elevada por Deus em corpo e alma à glória celeste.